Acho que vale a pena divulgar este Seminário, que ocorrerá em outubro de 2010, sobre Educação de Jovens e Adultos. Embora sejamos a pátria de Paulo Freire, referência mundial deste tipo de educação, vivemos ainda um panorama nacional carente de recursos e com segmentos que lutam por uma regulamentação e maiores incentivos nesta modalidade de ensino.
Acho que seminários deste tipo não apenas fortalecem este movimento nacional, mas também desperta as inteligências para a necessidade da conscientização.
Vamos nos inscrever? Nos encontramos lá!
http://www.seeja.com.br/Home.aspx
Inscrições a partir de 30 de abril.
06/10/2010
Atividade
Mesa de abertura
17h
Atividade Cultural 18h30
07/10/2010
Conferência de abertura
9h às 10h Existe mesmo uma educação para o “povo”? Roberto DaMatta - PUC-Rio
Discutir a singularidade do povo brasileiro, sua origem e formação, a partir do entrelaçamento das várias raças que o constituem. Refletir sobre o processo de unificação do português como língua oficial do território brasileiro, na perspectiva de uma homogeneização da diversidade étnica e cultural, ou seja, como passamos de país com mais de 200 tribos e línguas indígenas para um país de falantes de português.
Mesa 1
10h30 às 11h30 Cadê meu aluno nas teorias sobre a construção da escrita? – Modos de pensamento e representação do código alfabético em EJA. Luiz Antônio Senna - UERJ
Apresentar as questões culturais que interferem na constituição do sujeito cognoscente jovem e adulto que busca a alfabetização tardiamente, demonstrando os equívocos teóricos que derivam da apropriação de um conceito de Letramento que possui um sujeito cognoscente idealizado. Levantar as questões que têm influenciado as concepções de Alfabetização e Letramento, responsáveis por séculos de exclusão, fazendo um paralelo entre o sujeito cognoscente idealizado x o sujeito cognoscente real. Desconstruir a ideia de que o sujeito cognoscente real, que frequenta nossas salas de aula, seja “incapaz de aprender”. Caracterizar as reais dificuldades encontradas pelos professores na realização da tarefa de tornar seus alunos “sujeitos da escrita”.
11h30 às 12h30 A utopia linguística da norma-padrão: por que uniformizar a língua? Marcos Bagno - UnB
Discorrer sobre a diversidade linguística que se instaurou no território brasileiro e confrontar essa realidade com a ideia da existência de uma superioridade linguística. Identificar causas e consequências de se pensar uma norma padrão, presumivelmente científica, em oposição à diversidade linguística existente, entendida como senso comum. Ciência e senso comum, mitos e verdades.
Mediação: Wandra Medrado - Uff
12h30 às 13h
Debate
Mesa 2
15h às 16h Alfabetismo(s), Letramento(s) e Multiletramento(s): desafios contemporâneos à Educação de Adultos. Roxane Rojo - IEL/UNICAMP
Realizar uma discussão histórica sobre a constituição do conceito de Letramento, suas condições de produção, e a apropriação desse conceito, pelo campo da educação. Apresentar uma reflexão acerca da existência de um Letramento que é legítimo, em oposição aos múltiplos tipos de letramento que se encontram presentes no contexto de uma sociedade diversa como a brasileira. Refletir sobre a consequência desse fato na tarefa dos professores em tornar seus alunos adultos “sujeitos da escrita”.
16h às 17h E uma educação pro povo brasileiro, tem? Carlos Rodrigues Brandão - UniMontes
Levantar os aspectos históricos vividos no âmbito de uma prática que foi denominada de Educação Popular, sobretudo na alfabetização de adultos, no intuito de tirar lições críticas que possam nos ajudar a pensar o momento atual.
Refletir sobre os desafios e as possibilidades de pensarmos uma educação para o povo brasileiro, datada no século XXI, um tempo fértil em novos conhecimentos e posicionamentos científicos, mas de escassez em ações para cuidar da vida em comum. Relacionar tais aspectos com a dificuldade encontrada pelos educadores para tornar seus alunos “sujeitos da escrita”.
Mediação: Aída Bezerra - SAPÉ
17h às 17h30
Debate
08/10/2010
Conferência
9h às 10h Um balanço das políticas públicas de alfabetização e educação de jovens e adultos no Brasil - Maria Clara Di Pierro USP
Apresentar um panorama das políticas públicas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil, com especial ênfase na alfabetização, realizando um balanço dos programas governamentais com base em pesquisas, avaliações e estatísticas oficiais. Discutir a posição da EJA no Brasil, situando-a no cenário internacional, apresentando um balanço da VI CONFINTEA.
Mesa 3
10h30 às 11h30 A política da SECAD para alfabetização e EJA - André Lázaro - SECAD
Apresentar a agenda da política atual da SECAD – Secretaria de Educação Continuada Alfabetização e Diversidades – fazendo um balanço dos últimos anos, e dimensionando as perspectivas para o futuro.
Destacar o contexto atual do Programa Brasil Alfabetizado, seu desenho e suas metas. Apresentar os pontos de fragilidade e de potencialidades do programa, bem como as estratégias pensadas para estimular a continuidade dos egressos do programa na rede pública de EJA.
11h30 às 12h30
Como os municípios concretizam a política da SECAD – uma visão da consultoria do Programa Brasil Alfabetizado 2008
Os municípios e a EJA – questões do cotidiano do PBA e a continuidade: a experiência da Bahia - Renato Costa
PUC-Rio
Contextualizar a consultoria do Programa Brasil Alfabetizado 2008, pontuando a inserção do NEAd nesse processo. Levantar e discutir algumas questões referentes à alfabetização e EJA, observadas no conjunto de municípios integrantes dessa experiência, na Bahia, tais como: implantação e acompanhamento do PBA, formação de educadores populares e professores das redes públicas de ensino, implantação e fortalecimento da EJA em âmbito municipal, continuidade de estudos.
Pensando o financiamento da EJA a partir dos municípios: a experiência do Maranhão - Ana Ribeiro - PUC-Rio
Caracterizar as diferentes visões do conjunto de municípios integrantes da Consultoria do PBA no Maranhão sobre financiamento. Apresentar um balanço das dificuldades e dos avanços da atual política de financiamento, e a inserção da EJA nesse contexto, a partir do contato direto com esses municípios.
Mediação: José Carmello Carvalho - PUC-Rio
Mesa 4
15h às 16h Caminhos da Formação: contexto, sujeitos e seus processos - Maria Luiza Benicio - PUC-Rio
O que temos chamado de formação? Em que instâncias, espaços e contextos se dá a formação. Qual a legitimidade desses espaços? Quem são os sujeitos concretos que se encontram em formação? Quem forma quem? Como se elege o conteúdo da formação? Como a relação entre os sujeitos e a apropriação da escrita por esses mesmos sujeitos marcam a formação e demarcam os percursos desses sujeitos.
16h às 17h direito de se tornar um sujeito da escrita Maria do Socorro Calhau - UERJ / PUC-Rio
Fazer uma síntese dos fatores que têm dificultado os alfabetizadores na tarefa de formar “sujeitos da escrita”, no âmbito das salas de alfabetização de jovens e adultos, levando em conta que se trata da realização de um direito garantido por lei. Apontar alguns caminhos para a produção de um corpo teórico para a alfabetização dos brasileiros jovens e adultos, a partir das contribuições surgidas nas palestras anteriores.
Mediação: Maria Candida Caetano Gomes - SME-RJ
17h às 17h30
Debate
09/10/2010
Comunicações
9h às 17h Diversos Diversos
Posters
9h às 17h Diversos Diversos
Oficinas
9h às 17h Diversos Diversos
Mesa de Encerramento
17h Diversos Diversos
17h30 Atividade Cultural
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